segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

terça-feira, 5 de maio de 2009

A MINI ESCOLA CHAMADA LAN HOUSE

Start, play, GO, game over. Essas e muitas outras expressões fazem parte do vocabulário inglês de crianças e adolescentes que aprendem um pouco dessa língua estrangeira por meio dos jogos eletrônicos.
Iasmin Santos é um exemplo disso. Com apenas 10 anos, a garota vai à lan house todos os dias para visitar o Orkut e principalmente jogar, deixando até de freqüentar as aulas algumas vezes para está jogando na lan.
Se compreende o inglês? Entendi sim, até melhor que os adultos, como afirma Cristiana Santana, dona da Vídeo Lan a três anos. “Os adultos por minuto me chamam para perguntar, já as crianças entendem mais.”
No bairro de Jardim Nova Esperança, localizado na Estrada Velha do Aeroporto (EVA), foram encontradas cinco casas de computadores, dentre estas a lan house JSJ de dona Joelma Santos. Para ela as crianças desenvolvem bem a habilidade de aprender a língua inglesa e por isso tem a facilidade de decodificar as palavras em inglês. E o mais curioso é que a maioria dos pais não reprova a ida dos seus filhos à lan house, “muito pelo contrário, os pais vêm aqui trazer os seus filhos,” afirma dona Joelma.
Além de Iasmin, Leon Felix de 16 anos, apesar de não gostar das aulas de inglês na escola, consegue compreender as informações dos jogos disponibilizadas em inglês, e pela freqüência em que joga já aprendeu diversas palavras oriundas do vocabulário inglês.
Professora particular de inglês, Evelyn de Carvalho Gomes, pensa que os jogos eletrônicos podem ser usados como suporte de fixação do inglês, algo que pode ajudar no aprendizado de crianças e adolescentes, entretanto eles não são suficientes para substituir um curso de línguas. Ela afirma que, “O inglês não se resume apenas ás expressões soltas, mas à construção de frases, orações, regras de palavras. E esses jogos, em determinadas ocasiões e em determinados graus podem até provocar um déficit no aprendizado dessas crianças.”
3D informática é mais uma opção de lan house para as crianças, de jardim Nova Esperança. Eduardo Leão, dono da 3D diz que crianças compreendem o inglês nos jogos por “osmose” e ainda acrescenta que, “na falta de aula nas escolas aqui do bairro, as crianças vêm aqui e passa o resto da manhã, ou jogando, ou no Orkut.”
Contrário ao senso comum, crianças da periferia de Salvador também estão conectadas ao mundo virtual, e por meio dele, independente das adversidades socioeconômicas e de forma criativa, crianças conseguem desenvolver essa habilidade, de aprender um pouco do inglês por meio dos jogos e ferramentas de computadores disponibilizadas na língua inglesa.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

FEIJOADA – O PRATO QUE VIROU MANIA

Carne seca, lingüiça calabresa, feijão e um bom tempero é a fórmula certa para uma deliciosa feijoada, que hoje vem se tornando mania, não só em Salvador, mas também em diversos pontos do Brasil.
Na capital baiana, a cada esquina, em cada bairro, ruas ou travessas, há um bar ou restaurante que tenha em seu cardápio a famosa feijoada, desde os botecos mais baratos da Sete Portas, Feira de São Joaquim, Largo do Tanque, aos sofisticados restaurantes dos hotéis Othon, Catussaba e Holiday. E não só em restaurantes está a feijoada, se tem aniversário lá está ela, se tem uma reunião, ela está também.
Até automóvel já foi ponto de venda da feijoada, como conta Pedro Miguel, Corretor de imóveis, que tem a feijoada como seu prato predileto, “há alguns anos atrás, não sei o tempo exato, havia a “Feijoada quatro Rodas”, vendida por um senhor numa Kombi que circulava na Orla marítima de Salvador”. Além desta, ele cita mais duas feijoadas bastante freqüentadas atualmente, a servida no Posto Shell, localizado na Avenida Pinto de Aguiar, e a Feijoada do Balbino no bairro do Imbuí.
Quem não conhece a feijoada da Dadá? Banhada à música e diversão, o evento ocorre sempre em Janeiro, antecedendo o Carnaval, e já se tornou tradicional em Salvador, trazendo para a cidade inclusive alguns famosos.
Assim como Dadá, Alaíde Conceição, mais conhecida como Alaíde do feijão, também realiza um evento onde é servida a sua tão famosa feijoada. Com 17 anos de cozinha, a quituteira afirma que seu restaurante tornou-se ponto de encontro entre amigos e artistas, e ainda acrescenta que “o segredo do meu feijão é o tempero, a qualidade das carnes do feijão, que preferencialmente deve ser mulatinho, o tempo de cozimento, e claro, o bom preço e atendimento familiar que o local oferece, já que entre os funcionários estão meus filhos e netos.”
Projetista gráfico de alguns blocos carnavalescos, filho de Batatinha, nascido e criado no Centro Histórico de Salvador, Lucas Batatinha vai ao restaurante de dona Alaíde desde pequeno, quando ainda tinha a companhia de seu pai. Para ele a substancialidade da comida, que alimenta por muito tempo, a quantidade, além do atendimento e do tempero, sãos os fatores que o leva a freqüentar o restaurante da quituteira, e sobrepondo-se a todos esses fatores, ele afirma, “o ambiente familiar do local, o cuidado no tratamento das comidas, o exemplo de mulher que conciliou sua carreira de sucesso com a criação de filhos e netos, me faz admirar Alaíde e voltar aqui sempre.”
Mas a história do feijão não começa por aqui. Existe uma discussão acerca da origem desse prato tipicamente brasileiro.
Para alguns a feijoada surge na época da escravidão, quando os senhores de escravos dispensavam determinadas partes do porco, as menos nobres, e as ofereciam aos escravos. Estes reuniam numa panela essas partes do porco, o feijão, água e sal, e desta mistura nascera à feijoada.
Entretanto, para alguns historiadores, a feijoada não tem nenhuma ligação com as senzalas, muito pelo contrário, para eles ela surge “bem longe das senzalas”, como afirma Rodrigo Elias, doutorando em História Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em seu artigo “Feijoada: breve história de uma instituição comestível”. Ele escreve em seu texto que “O que se sabe de concreto é que as referências mais antigas à feijoada não têm nenhuma relação com escravos ou senzalas, mas sim restaurantes freqüentados pela elite escravocrata urbana.” Séculos se passaram e a feijoada continua ali, o prato que marca a identidade da culinária brasileira, o prato preferido pela maioria dos baianos na hora de reunir a família e os amigos. Como já dizia Chico Buarque: “A laranja Bahia ou da seleta/ joga o paio, carne seca, toucinho no caldeirão/ e vamos botar água no feijão.”

quinta-feira, 19 de março de 2009

As faces do Samba

Para você, qual a importância que tem o samba para a cultura brasileira?
E para o povo do Brasil?
Como se dá a abordagem do samba aqui na Bahia?
Estilo musical criado, mais precisamente pelos escravos afrodescendentes, sob influência dos batuques dos povos Bantos de Angola e Congo, o samba surgiu aqui no Brasil com pitadas de alegria e criatividade, dor e o desejo de poder manifestar por meio da música os sentimentos daqueles que foram postos a margem da sociedade, daqueles provocadores da tão linda miscigenação (fator de suma relevância que marca a identidade brasileira), os escravos. Ouça agora a opinião de alguns compositores, cantores e estudiosos do samba acerca da sua importância para o Brasil.

 Louise - as faces do samba

quarta-feira, 18 de março de 2009

A CEGUEIRA QUE VÊ

Fico pensando o quanto somos merdas nessa vida,
o quanto insipiente é o nosso modo de vê-la.

Espero que um dia eu fique cega,
que a cegueira me possua de tal forma que eu não encare mais as pessoas como elas são
externamente, que eu possa enxergá-las por trás da capsula que as envolve,
entretanto, que eu apenas as veja com os olhos espirituais,
que estes possam me revelar o verdadeiro valor de cada um.
Que um dia eu possa me libertar desse modo asquesoro de vê o homem,
e então, em vez de apenas vê-lo, contemplá-lo-ei.

domingo, 15 de março de 2009

O que a Bíblia diz sobre o ETNOCENTRISMO?

Antes de discutir acerca da posição bíblica a respeito do etnocentrismo, precisamos primeiro saber o que significa tal expressão.
radical "ETNO" = CULTURA / sufixo "CENTRISMO" = CENTRO
Portanto, etnocentrismo significa pensar a cultura do outro partindo da sua própria cultura, tendo-a como parâmetro para classificar, perceber a cultura do outro. É isso que afirma Everaldo Guimarães, autor do livro O que é etnocentrismo? :
Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso
próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos
os outros são pensados e sentidos através dos nossos
valores, nossos modelos, nossas definições do que é a
existência. (GUIMARÃES, Everaldo. 1988. P.5)
Quando imbuídos pelo espírito etnocêntrico, e quando nos deparamos com questões que se divergem da nossa cultura, acabamos por ter um comportamento preconceituoso, nos fechamos ao entendimento e compreensão das atitudes geradas pela cultura do próximo e deixamos de lado os motivos pelos quais os levam a agir de determinadas maneiras.
Mas então, o que diz a Bíblia a respeito disto? Ela é contra ou a favor desse conceito antropológico? A Bíblia é etnocêntrica?
Para responder a estas perguntas tomo como exemplo o comportamento dos Judeus descritos na Bíblia no Novo Testamento (NT). Para eles apenas os judeus herdariam o Reino dos Céus, aqueles, de diferentes religiões, de culturas distintas, os chamados não-judeus, não poderiam ser salvos. Entretanto, o próprio Cristo discordava dessa "verdade" judaica. No livro do NT, Lucas, capítulo 18 versículos 10 -14, Jesus conta uma parábola justamente para os que se auto declaravam bons e por isso desprezavam os outros. A parábola conta que dois homens, um fariseu (judeu) e um publicano cobrador de impostos, estavam orando no templo, o primeiro orando em voz alta e de pé agradecendo a Deus por não ser "avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas. Agradeço também porque não sou como esse cobrador de impostos (o publicano)". Já o segundo homem, o publicano (versículo 13), "ficou de longe e nem levantava seu rosto para o céu. Batia no peito e dizia: "Ó Deus, tem pena de mim pois sou pecador"".
Depois de ler esse versículos, para você qual dos dois homens teve uma atitude preconceituosa? Quais os motivos levaram o judeu a agradecer por não ser como o publicano? Tudo é uma questão de interpretação, e para mim a judeu foi o preconceituoso, ele teve uma atitude etnocêntrica por se considerar superior ao publicano, homem cuja cultura era diferente da sua. E Jesus? Qual sua posição diante das atitudes etnocêntricas? Vejamos o que Ele afirma no versículo 14: "Eu afirmo a vocês que foi este homem (o publicano), e não o outro, que voltou para casa em paz com Deus. Porque quem se engrandece será humilhado, e quem se humilha será engrandecido."
Jesus se comunicava com o povo e seus discípulos por meio de parábolas, e esta, citada acima, partindo também de todo o contexto em que fora contada, demonstra o pensamento de Jesus sobre ser preconceituoso, etnocêntrico. E não só essa passagem nos mostra isso, mas a história do Cego de Jerusalém, do Cego Bartimeu, da mulher Samaritana, de Zaqueu, enfim, muitas outras histórias relatadas, e vale ressaltar, de forma descritiva pela Bíblia.
Jesus foi um exemplo de Relativista! Ele sim compreendia as diferenças entre as pessoas, as culturas, e por isso, no NT, depois dos quatro evangélios, os discípulos e apóstolos enviavam cartas independente das culturas, mas com o intuito de propagar a mensagem de Cristo para o maior número de povos.
Leia Lucas 18:10-14.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Será que já vivi?

Já fiz pessoas felizes, já me fizeram feliz,
Já emocionei e já me emocionei.
Já chorei, já sorri,
Já errei e também já acertei.
Já sofri, já superei,
Já abracei e já fui abraçada,
Já beijei e já fui beijada.
Já amei, já fui amada,
Amo e sou amada.
Já machuquei, já fui machucada,
Já odiei e já fui odiada.
Hoje já sou metade do que sou por tudo que vivi. Metade?
É... metade!
Porque ainda não vivi o suficiente para ser completa.